Poeminha
Poderia me preocupar em não pisar nas rachaduras,
Mas eu sempre amei o abismo, e olhar que ele me dava,
Vazio,
Ausente,
E amava ver sua face riscada à unha nas paredes amareladas,
Quadros,
Pintados,
De puro suor,
De seu suor,
Vendo-a passar, chorava e chovia lá fora,
Mas eu amava me derreter à todo segundinho,
Escorrer pelos ladrilhos,
Que não me preocupava em pisar,
E sempre me perguntava por que não me ocupava em não pisa-los,
Feito vento,
Cabelos,
Sorriam,
Enquanto o piano soava,
No fundo da sala,
E de olhos fechados,
Ele ousava à cada nota,
Ousava deixar de ser,
De ver,
De sorrir,
Ousava se ausentar por alguns segundos daquele corpo tão atraente,
E eu continuava brincando com o bibelô rosado,
Fingindo que ia junto na inspiração,
Mas tinha inveja por não estar sentado aonde ele estava,
E fechando os olhos como ele fechava,
Sempre gostei de abrir bem as narinas,
Com uma mania feia de sempre querer sentir o cheiro de tudo,
Mas aposto que ele também tinha inveja de não ser pequenino,
E ter um rosto amigável como o meu,
Sempre sentando no fundo da sala,
Na parte que a luz não chegava,
Uma vez alguém já estava sentado lá,
E eu pude chorar no seu ombro,
Mas era um sonho!
Previsível, não?!
Como quem anda,
Corre,
Foge,
Acreditando que ainda há tempo,
À vida de uma bela faca,
Que insiste em me cortar,
Toda vez que eu lembro dela,
Jura que não conta pra ninguém?
Eu gosto!
__________________________________________
Faz meses que eu estou sem escrever, esse foi o primeiro em
muito tempo, então, não levem tão à sério, eu estou enferrujado.
(olha a desculpa) Eu escrevi esse no computador, agorinha, acabei
nesse minutinho. Espero que gostem (olha como eu sou cínico).
Mas eu sempre amei o abismo, e olhar que ele me dava,
Vazio,
Ausente,
E amava ver sua face riscada à unha nas paredes amareladas,
Quadros,
Pintados,
De puro suor,
De seu suor,
Vendo-a passar, chorava e chovia lá fora,
Mas eu amava me derreter à todo segundinho,
Escorrer pelos ladrilhos,
Que não me preocupava em pisar,
E sempre me perguntava por que não me ocupava em não pisa-los,
Feito vento,
Cabelos,
Sorriam,
Enquanto o piano soava,
No fundo da sala,
E de olhos fechados,
Ele ousava à cada nota,
Ousava deixar de ser,
De ver,
De sorrir,
Ousava se ausentar por alguns segundos daquele corpo tão atraente,
E eu continuava brincando com o bibelô rosado,
Fingindo que ia junto na inspiração,
Mas tinha inveja por não estar sentado aonde ele estava,
E fechando os olhos como ele fechava,
Sempre gostei de abrir bem as narinas,
Com uma mania feia de sempre querer sentir o cheiro de tudo,
Mas aposto que ele também tinha inveja de não ser pequenino,
E ter um rosto amigável como o meu,
Sempre sentando no fundo da sala,
Na parte que a luz não chegava,
Uma vez alguém já estava sentado lá,
E eu pude chorar no seu ombro,
Mas era um sonho!
Previsível, não?!
Como quem anda,
Corre,
Foge,
Acreditando que ainda há tempo,
À vida de uma bela faca,
Que insiste em me cortar,
Toda vez que eu lembro dela,
Jura que não conta pra ninguém?
Eu gosto!
__________________________________________
Faz meses que eu estou sem escrever, esse foi o primeiro em
muito tempo, então, não levem tão à sério, eu estou enferrujado.
(olha a desculpa) Eu escrevi esse no computador, agorinha, acabei
nesse minutinho. Espero que gostem (olha como eu sou cínico).
3 Comments:
At 9:12 AM,
Anonymous said…
Ainda que o céu estivesse nublado,o canto da sala era escuro ...e era tanto e tanto...que eu também estava lá!
Estava mesmo nublado ou foi só impressão minha?Hum...
Se você disser que tem medo...rumm...eu te levo pra pular da ponte!:p ;] :*
At 11:14 AM,
Anonymous said…
sem querer ofender... mas QUANDO VC PRETENDE ATUALIZAR ISSO?
At 6:25 PM,
Anonymous said…
Ainda espero atualização!
Post a Comment
<< Home