A brisa
E ela abre a janela ainda sonolenta
para respirar melhor.
(cinza e azul)O tempo corre solto como um lobo que depois de horasroendo sua pata ferida consegue libertar-se da armadilhaenferrujada,(Você já bebeu de seu sangue tantas vezesque ele passa a não ter gosto?) Aquela indiferença, que se olha no espelhoe diz: Eu deveria levantar mais essas rugas.Retruco: Não, não valeria a pena Depois de tempos, eu paro e penso: morro ao saber que vivoe vivo ao saber que morro (Você já imaginou o númerode pessoas que repetiram desse mesmo jeito essa mesma frase?)E então ele ri, e pelos dentes sujos pode-se ver o que ele pensa. Osdentes sujos são provas do quão fétido é seu pensamento,pois ele pensa naquela paz de "let it be". (Um eu todo cheio de cocô) Eu trocaria de lugar com meu cachorro, pois tudo que eu desejo nesse momento é poder estar triste como ele, triste e pensativo. Pois enquanto você pensa na porra de algo sem sentido, eu façoaquele joguinho de "vai e vem" com a cabeça na parede, e o sangue já escorre querida, já desfila como escola de samba pelos azulejos.Já perdi a vontade de escrever faz tempo, isso tudo é só enrolação, (como se tudonão fosse só enrolação). Mas essa é a primeiríssima vez que improviso como em um bluesnesse lugar chamado blog que já esgotei meus adjetivos para xinga-lo na frentede todos que quiserem ouvir, porém, não tem ritmo de blues, tem ritmo é de bosta caindonuma privada sem água.Eu me arrependerei pra sempre quando clicar na buceta do botão "publicar postagem".mas isso não importa, pois a ideia de que ninguém entra aqui me consola bastante.Renan Távora======================================================frase do dia: Mas para quê olhos, meu Deus, se num tô nem vendu. isso foi repetido em um amanhecer, e eu ri, ri bastante, e fiquei tristemas voltei ao normal, para variar. talvez vcs não entendam a frase, pois a graça se concentra na entonação.Renan Távora