Sol e Chuva

Monday, May 23, 2005

Rua Cinza

Socorro!!!

Quem amarrou meus sapatos?
Agora, eu caí,
E como sempre, digo que não
vou conseguir levantar mais.

Quem é esse estranho no espelho?
Que fuma com a mão esquerda,
Que toma comprimidos para não
ficar triste, e esquece de tudo,
De toda a poesia que continha
seu cabelo

E depois ainda ousa se arrepender,
e se arrepende por se arrepender,

Eu repito,
Quem amarrou meus sapatos?




Renan Távora

Monday, May 16, 2005

O quarto

As notas da musica melancólica se misturam a fumaçado cigarro, que está entre os lábios do pobre garoto deprimido.
Que tenta, sentado no chão (perto da janela), escrever sobre a garota semideitada na poltrona ao lado, com uma mão apoiada no colo, e outra acariciando sua face desprovida de erros humanos.
Sua respiração faz o quarto pulsar, e seus olhos fazem-me tremer a cada vez que piscam.
O braço apoiado no colo recebe uma restrita luz do sol, e seus poros ficam mais visíveis. Transpiram, mas não suor, e sim lagrimas, de sua tristeza (inconfundível e incontundivel), que parece encantar os mais desprovidos de um reconhecimento exótico da beleza.
O vento que toca sua face se torna visível com o passar das noites.
Descobri! O livro estava errado, e as flores, murchas, não passas de mais uma criação,
Ilusão, de uma mentira, já contada sobre outros céus, (e terras).
Não passas de um
Sonho-brincadeira.






Renan Távora
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Essa coisa que eu escrevi é um pouco antiga, eu gosto muito, espero que gostem. comentem o que vcs axaram.

Thursday, May 12, 2005

Soneto



Ai! Se esse poema toca-te, quero ir junto d´ele, ao teu encontro.
Se posso beijar tua barba rala,
e abraçar-te quando estiveres suado,
acredite que eu irei!

Sonhei com ti, e com teus braços nús, à me
envolver, jurei que era verdade,
e ouvi tuas súplicas amorosas de bom-grado.
Apertando-te junto ao peito.

Sonhei que sorria para mim, e acordei chorando.
Chorona que sou,
Pois te espero a muito tempo (tempo demais)

Penso em ti toda hora, em todo lugar. Sempre que posso,
e sempre que não quero. E quando te vejo, nessas ruas tristese
esquecidas, ó, me derreto em lagrimas que escrevem teu nome.



------------------------------------------------------------------------------------------------Renan Távora

(outro "eu" que
acordou numa
manha fria,
mas infelizmente
não demorou
muito para
ir embora)

Esse é meu primeiro soneto