Dos quartos e Das penúmbras
Dos quartos e Das penúmbras olho languidamente;
Estática, vazia. Onde teus cílios já não mais me perfuram.
Mesmo quando o trem apita à meia-noite
ou o relógio badala o meio-dia;
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
Dos quartos e Das penúmbras,
encostada à parede,
trago a ausencia dos dias,
a ausencia de mim;
dos meus dias.
(Só no cair da
entre-tarde-entre-noite
é que consigo juntar tuas bocas,
olhos e narizes, recortados e
espalhados pelo chão e teto.)
Dos quartos e Das penúmbras,
onde olho tuas fotografias que
descansam & dormem (cansadas)
pelo meu piso
de azulejos
brancos.
Jamile Fernandes Paiva
Estática, vazia. Onde teus cílios já não mais me perfuram.
Mesmo quando o trem apita à meia-noite
ou o relógio badala o meio-dia;
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
-Meio-dia
Dos quartos e Das penúmbras,
encostada à parede,
trago a ausencia dos dias,
a ausencia de mim;
dos meus dias.
(Só no cair da
entre-tarde-entre-noite
é que consigo juntar tuas bocas,
olhos e narizes, recortados e
espalhados pelo chão e teto.)
Dos quartos e Das penúmbras,
onde olho tuas fotografias que
descansam & dormem (cansadas)
pelo meu piso
de azulejos
brancos.
Jamile Fernandes Paiva